Sunday 11 October 2009

Kashihara Omatsuri

Infelizmente, tínhamos outros planos e abandonamos o fesutibaru para irmos para o omatsuri que é traduzido da mesma forma mas que, pelo menos aqui, é um acontecimento completamente diferente. Este já tem uma índole mais religiosa a tender para o xintoísmo. O ponto alto da esta via-se de longe: carros festivos pequenos, com quatro criança lá dentro a bater em tambores tradicionais a serem puxados por homens vestidos com algo que funde o trabalhador com o padre. A isto chama-se danjiri, ou seja, um desfile de mini-altares portáteis, coisa que, aparentemente, não é nada incomum por aqui. Cada carro, que pode chegar a custar mais de 100000000円 (sim, eu também achei exagerado, pode ter havido um problema de tradução ali ou aqui XD) vem de uma parte diferente e Kashihara e, depois de uma curta procissão, porque os homens também se cansam, chegam a um templo xintoísta onde são abençoados por um padre xintoísta e , depois são estacionados para dar espaço para o carro que vem a seguir a eles. O preço dos carros é caro, mas o efeito é fantastico, pois são esculpidos à mão em madeira maciça e são ricamente decorados com bandeiras, ouro, papel, lanternas circulares e crianças. O objectivo é mais ou menos óbvio e aqui é tido como uma lógica não muito pensada: dar graças aos deuses - Kami-sama - pela vida que levamos, pedir saúde, etcetc. Não é precisso passarmos a vida toda a ir à missa para ter a felicidade eterna por aqui, é só preciso puxar uns carros uma vez por ano ^^


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É claro que sendo um rapaz novo, robusto e na flor da idade também tive de fazer alguns puxões, mas a parte mesmo interessante foi a conversa mais ou menos religiosa, sobre a minha perspectiva pelo menos, que tive com o padre xintoísta, por meio de uma senhora chamada por ele de propósito para o efeito. Conclusões da conversa são poucos mas engraçados. As enigmáticas placas cheias de kanji que cobriam as paredes do templo não são mais do que os nomes das pessoas que para ele doaram algo; os pássaros que, de forma quase mágica, incessantemente e de forma tudo menos irritante, cantavam na floresta que rodeava o templo estavam lá naturalmente, mas só porque esta é a única floresta da vizinhança; as imensas flores à entrada do templo eram ofertas do presente dia de festa; e as estátuas de cães não tinham outro significado sem ser a protecção do templo. Ai ai ~ magia perdida ;_;


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