Monday 19 October 2009

Choque cultural (五) Perguntas e Harmonia

Ontem, em Oosaka, além de ter visto as lojas anteriormente citadas, aproveitei a companhia, fala e conhecimentos dos japoneses que nos acompanhavam e fui comprar um cartão de memória e uma bateria nova para a máquina. Isso seria muitíssimo fácil se eu não fosse tão desconfiado e não fizesse tantas perguntas: se o cartão é aceite pelo meu modelo de máquina, se a bateria funcionará, qual a diferença entre BD1 e FD1, o que fazer se ela não funcionar, será que o meu carregar funciona, qual a durabilidade, que alternativas há. E o que foi, talvez de uma perspectiva um bocadinho sádica, engraçado de ver, foi a reticência dos meus anfitriões em chamar, perguntar e chatear os empregados da loja que, por seu lado, pareciam prestabilíssimos e sempre prontos a resolver qualquer dúvida, por mais estranha que esta parecesse, que se lhes colocava. Este tipo de atitude, se bem que estranha, promove uma harmonia gigantesca, onde facilmente, com uma cabeça menos fria e um temperamento mais quente, poderia haver um conflito, como era visível pela quantidade completamente exagerada de sumimasens lançados de um lado para o outro. Além desta atitude ajudar ao comercio, porque muitos japoneses, não aguentando a "vergonha" de ter de perguntar algo - o que implica dar na vistas, o que, na mentalidade japonesa é um no-no muito grande - preferem comprar um item e, depois, ver se ele funciona ou serve o propósito certo, repetindo a compra se tal não acontecer, tal mutuo modo de proceder, entre, neste caso, vendedor e comprador, tão apologético e preocupado com o bem estar, trabalho e, dir-se-ia mesmo, conforto do outro, é um dos pilares em que a sociedade japonesa assenta. Com certeza que haverá outros e que todos eles, incluindo este, terão uma razão e ser ~ eu só espero descortinar todo esse mistério durante o curto espaço de tempo que me encontrarei aqui. XD

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