Monday 28 December 2009

Interupção Virtual

Já soam os sinos da tristeza e da saudade pela falta de palavras neste espaço por muitos já esquecido. Nesta quadra natalícia, por aqui passada sem árvores coloridas, sem luzes nas ruas mais simples, sem bolo rei, sem pai natal e sem a adorada família, as coisas vão ocupadas; tão ocupadas que o tempo não permite a evolução deste espaço já de si tão atrasado :s
No entanto, apenas a virtualidade de mim está inerte. Nas últimas três semanas tive testes escritos e orais, entrei de férias, planeie viagens, conheci pessoas, fui à capital deste país fantástico (onde se tirou, em Harajuku, a foto que acompanha este post) participei em festas japonesas cujo pretexto do seu acontecimento é o natal, tentei arrumar o meu, à poucas horas atrás muito sujinho e desarrumado, quarto, fui a uma estação de policia japonesa, recebi alguns fantásticos presentes e vi dos melhores concertos da minha vida.

Talvez um dia, se o tempo - esse tirano malévolo - permitir, vos conte estas histórias em detalhe. Se não, combina-se um café para breve :)


Wednesday 28 October 2009

Omiyage

É um termo que se traduz como lembrança mas a sua presença na mentalidade japonesa supera esse fraco termo uns milhões de vezes. O omiyage é um presente que se dá a alguém como agradecimento ou lembrança por um convite, um evento, uma festa, uma ida a qualquer lado e praticamente qualquer outra coisa. É tão forte que há, na esmagadora maioria das lojas, omiyages já preparados, embalados e embrulhados no que será papel de embrulho temático, para serem oferecidos. Este cuidado advém da importante que a sociedade japonesa dá à vista: não são só os bolos que têm de parecer bem!
A título de exemplo, recebi à pouco tempo no correio um omiyage - chá que cheira divinamente bem - de um café (na verdade um chá, como melhor se traduz, visto o chá verde e as suas divagações ser o que mais vendia por lá) em Kyoto. Igualmente, uma visita a título de favor de à quase um mês atrás deu-me, ontem, um omiyage do mais famoso doce de Okinawa, de cor roxa, feito (?) de batata doce e muitíssimo melhor do que parece ^.^

O sono

Aulas da manhã depois de uma noite em que há festa matam. Se forem faladas em japonês, numa sala minúscula, com muito pouca gente e com pouca manobra para nos distrairmos, ainda matam mais ~ xiça! 寝たいいいい!!

Classificação dos Verbos

Este post é especificamente feito para todos aqueles que, de uma maneira ou outra, por uma panca ou outra, estão a tentar apreender japonês. E, não surpreendentemente, fala de verbos, o pesadelo de qualquer nova língua, embora, em japonês, não seja o maior pesadelo que existe. **coffcooff*kanji*coff*keigo*coffcoff** Normalmente, em aulas passadas disseram-me que havia três tipos de verbos e mais uma quantidade incrível de más estruturas para os ensinar. Aqui, ao contrário de alguns livro, vai a minha maneira de ver as coisas, com toques da minha, as vezes referida como estranha, mentalidade, e com as ideias de japoneses, incluindo professores, que encontrei por aqui.

No japão, uma das classificações que se pode fazer dos verbos, é em _dois_ grupos distintos: ichidan e godan, ou seja, verbos de um (ichi) nível (dan) e verbos de cinco (go) níveis (dan). E, para já, assumamos que apenas os godan importam, visto que os ichidan são apenas uma simplificação slash caso particular desses. Ora, como em muitas línguas, estes godan são conjugados mediante a seu término e, em boa verdade, é muitíssimo mais complicado tentar entender as suas conjugações sem olhar para os hiraganas - as mais simples letras japoneseas que, por serem, como as nossas e, ao contrario dos kanji, totalmente baseadas em som - cuja aprendizagem é "apenas" uma dolorosa, frustrante e irritante questão de memória e diligencia. Agora, tendo em conta essas letras facilmente se entende quais as regras para formular as diferentes formas verbais. Claro sabe-las inconscientemente é outra história, mas quem não se lembra se de ter dúvidas se o passado de "eat" é "ate" ou "eated"? Exactamente o mesmo problema :) A partir daqui é saber quais verbos são godan (5D) e quais sao ichidan (1D). E, felizmente há regras: a) todos os verbos são, à partida, 5D; b) só verbos terminados em る(ru) podem ser 1D. E, infelizmente, depois de saber isso é tudo uma questão de memória e treino. Mas não é assim tão mau, sabemos que, de certeza os verbos terminados em う(u), く(ku), す(su), つ(tsu), ぬ(nu), ふ(fu), む(mu) e etc. são 5D e que as regras especificas aos 5D a eles se aplicam. Alias, aos seus nomes reflectem isso: os 1D só têm uma terminação né? (na verdade não é bem assim ~ mas mais sobre isso depois :)
É claro que, nem tudo são rosas, há verbos que são excepções: o verbo 来る(kuru: vir) e o する(suru: fazer) tem tratamentos especiais. Esses tem de ser apreendidos caso a caso e não segue nenhuma regra especifica ~ felizmente são só dois ... quase. Isto pois o suru está agregado a algo que lhe dá significado: lavar a roupa, estudar ou jogar futebol é tudo o verbo suru mas com agregações diferentes.

E agora digam lá se não é melhor explicar a coisa assim do que chamar aos 5D, "primeiro grupo"; aos 1D "segundo grupo"; e às excepções, incluindo todas as ramificações do suru "terceiro grupo" ~ sinceramente ~

Tuesday 27 October 2009

Conversas e religião

Hoje, depois de um tempo despropositadamente a dormir fui ter com alguns amigos da Tenrikyo. O convívio, passado num dormitório da organização foi muito mais interessante do que estava à espera. Fiquei a saber para nunca namorar com uma Tailandesa pois são as mulheres mais controladoras do mundo. Fiquei a saber – e a querer ir – que em Tokyo há discotecas em arranha-céus que, em certas noites, tem espectáculos de lazers feitos por helicópteros (!). E fiquei a saber que a vida no Japão é muito mais fácil do que parece, em particular se formos a) abertos ao mundo e/ou b) ligados a uma religião (neste caso a Tenrikyo :)
Mas a conversa que marcou mesmo a noite foi a conversa com um brasileiro, irmão que tinha acabado de conhecer a um amigo meu, que, aparentemente, deve toda a sua vida - conjugal, social e interior - à religião e, com muita surpresa minha, fala desses dos pólos com a naturalidade e sinceridade de um padre (que por acaso não sei se é) mas sem nunca puxar a brasa à sardinha do “vem também pois é a única verdade do mundo” que as religiões ocidentais nos habituaram. A conversa flui normalmente com uma incerteza muitíssimo humana nas palavras e, no entanto, com uma convicção de quem fez e sabe que fez o que pode para ter uma vida sã. Como já disse, uma agradável surpresa. É cada vez mais engraçado ver como a religião no Japão está ao serviço do homem e não o, normal, contrário :)

Estação de Nara

Depois do park, depois de "desfrutar" a companhia dos bambies por mais algum tempo, de ver alguns a serem indecentes com o que faziam sozinhos e acompanhados (a máquina sem bateria :s) e do jantar, por excepção, no mac, foi-se para casa. Na estação, enquanto esperava e esmiuçando a máquina ao máximo ainda apanhei a foto de cima com quatro elementos que caracterizam as estações japonesas: pessoas em fila dupla para apanhar o comboio, uma menina do ensino pré-universitário com o seu típico uniforme, um salariman de fato, gravata e mala e, por fim, uma senhora com uma máscara de modo a propagar o menos possível da doença que tem ou para não contrair a que os outros possam ter ~ funny thing :D


Nara Park

Saídos do parque resolve-se, muito logicamente, ir passear no parque de Nara onde ruminam e andam os veados. Não nos adiantamos muito até porque o tempo e o tempo não estavam de feição, mas deixo aqui um aviso que tem atrás dele a dolorosa experiencia pessoal: se for normal os animais não gostarem de vocês não se aproximem muito dos veados sem hastes (fêmeas), os machos não gostam e podem virar-se para vocês e, como se de um carnívoro se tratasse mostrar os dentes e, ameaçadoramente, numa de “deixa a minha menina em paz” caminhar na vossa diracção ~ aiai ~ vá-se lá entender veados

Nara National Museum
















Já devo aqui ter falado na aula de história completamente em japonês que é totalmente imperceptível par aos meus e, talvez, muitos outros ouvidos. Claro que a vantagem de ir às aulas são só as visitas de estudo e, desta vez, ele levou-nos ao museu de Nara. O museu, aparentemente conivente com vários países da Ásia não é nada grade, tendo apenas três ou quatro salas muitíssimo pequenas, particularmente para quem é “da Europa”. A maior parte, se não todas, das obras eram de índole budista, o que, sendo este o museu de uma das cidades que trouxe o budismo para o Japão, não é de estranhar. Estatuas dos guardiães, de deuses celestiais, de reis míticos e de, lol óbvio, budas, faziam o prato do dia.
No entanto, a coisa mais engraçada foi mesmo a questão das fotos, estava eu muitíssimo tranquilo a tentar apanhar alguma da beleza que os meus olhos viam para a câmara, quando uma senhora vem e mete a mão mesmo à frente da lente, obscurecendo a imagem da estátua, agora, para lá dela. Aparentemente é proibido tirar fotos a tudo o que não faz parte do museu, o que, como seria de esperar, é tudo o que é completamente fantástico tipo a estatua de madeira do velho sábio budista em pelo e osso e as esculpidas representações totalmente orientais de um leão e um elefante. E como é que o museu mete os visitantes a respeitarem as regras? É estranho, é japonês, funciona por pura psicologia social (that the rigth name?). Basicamente, quando te vêem tirar uma foto eles dizem, alias, guiam-te, de modo a falares com uma senhora que te diz, muito simpaticamente as regras, te faz assinar um papel e, depois de teres entendido tudo, te dá uma insígnia verde para colocares no braço como sinal ou prova de que já lá estiveste. Depois de toda a artimanha e com a dita marca, como é que alguém terá lata para tirar – explicitamente - fotos a seja o que for que não é permitido?


PS: Sim, é a mão da senhora!

Cultura kawaii

Um exemplo engraçado no parque de Nara :)

Falar baixinho

Hoje, na ida para Nara uma mulher japonesa com os seus quarenta anos meteu conversa com o grupo de estrangeiro que gritantemente se demarcava dos restantes passageiros. As razões para isso, pelo que aferimos, podem ser muitas. Uma oportunidade para treinar o, por aqui raro, inglês é uma delas, a outra, talvez, a oportunidade rara de meter conversa conversar com alguém desconhecido, algo que, por aqui, é virtualmente inexistente entre os japoneses. Agora, o que foi bizarro no encontro era que o registo vocal da senhora se encontrava pouquíssimos decibéis acima do silêncio, tornando o seu ingles - que nem era muito mau - quase completamente imperceptível. Se tal facto era provocado por ela, por vergonha, falta de habito ou outra razão, ficou por esclarecer: a a viagem acabou rápido e, como em tantas outras ocasiões, cada um seguiu o seu caminho.

Tenrikyo outra vez

Hoje é o aniversário da data da criação da religião vigente nestas bandas e, como não poderia deixar de ser, a cidade está mais animada que o normal. Em particular o templo que, pelas primeiras horas da manhã e independentemente da chuva mais ou menos intensa que se fazia sentir, já continha em si uma multidão respeitável. A celebração slash evento principal foi a "missa" dada pelo "papa" num templo tão imensamente cheio que havia pessoas de pé fora do templo e executar as danças sagradas, filas para rezar em alguns altares e uma quantidade enorme de pessoas, descalças como manda a tradição, nos corredores movimentados do complexo de madeira. O bater sincronizado de palmas de mais de mil pessoas é algo que nunca me deixará de surpreender.

Monday 26 October 2009

Chegadas e atrasos


E este é o último post de vinte e cinco de Outubro de dois mil e nove. Pelo menos, a foto e o que poderia dizer sobre ela: uma reminiscência do fim do dia através da imagem da estação de Tenri e das bandeiras que a adornam graças a presença do festival da cidade. Estou verdadeiramente a escrever isto dia dez de Dezembro, altura de muito mais frio, muito mais cansaço, muito mais velocidade nas aulas, muito mais kanjis. Agora, a questão: se tenho tanto que dizer de uma dia, ou melhor, se vivo tanto num só dia, usando a expressão de uma menina que conheci nos últimos tempos em terras lusitanas, vai-me ser impossível documentar no próprio dia essa actividade e isso dará origem a atrasos nos posts que, por vezes, serão ridículos. E isso vai tirar uma parte do presente que o blog tem, teve ou deveria ter. Então... como é que resolvo isso?

Estação de Kyoto



Nessa cidade conhecida pelos seus templos, pelo seu passado e pela sua vida reminiscente do Japão perdido, existe um monumento à modernidade. A estação de Kyoto, a primeira aparição da cidade a muitos que ela visitam é um monstro de aço nu, com vigas negras nas paredes opressivas, corredores escuros e, paradoxalmente espaços abertos à luz febril da lua, onde, como formigas, milhares de pessoas chegam e partem todos os dias. A estação é um colosso arquitectónico, abrangendo uma escadaria enorme com vista para a parte mais logística do espaço; um terraço (Happy Terrace) para namorados, onde vi, pela primeira vez, no Japão, casais em momentos mais íntimos, que, mesmo assim não passavam a barreira que os levaria ao beijo; uma capela para casamentos ao estilo ocidental; salas coloridas amarelas que lembravam o mais alienante dos shoppings; e corredores que, sem dó nem piedade, nos transportavam pela estrutura negra, por entre e por dentro da massa de ferro, através de paisagens urbanas vivas vistas por um vidro ou espreitadas pelos ângulos agudos. Dos pontos mais altos é possível ver a torre de Kyoto e as suas reflecções nos vidros da estrutura e, sendo a noite que era, várias alucinações cósmicas se materializavam nos vidros.



PS: Nos corredores mais escuros, pequenas estrelas de metal brilhante anunciavam o inverno e o invasivo Natal que se apróxima. Nos mesmos corredores, uma exposição fotográfica sobre a variedade de imagens, espaços, culturas, pessoas e vivências da China ~ verdadeiramente impressionante, algumas das imagens podias ser da Índia, Canada, Nepal, Japão, as grandes metrópoles dos USA e as favelas do Brasil ~ um dia destes ainda passo por lá :D

Pernas japonesas


Como muitos de vocês devem saber as meninas, mulheres e adolescentes japonesas adoram usar saias. Até ai tudo bem: é revigoraste haver uma percentagem tão alta de saias, a mais alta (e mais, assustadoramente, curta também) de todos o países que já visitei. O que não se sabe é quão encurvadas para dentro são as pernas das ditas meninas. Isso vê-se muito no anime, mas só hoje é que reparei que isso é mesmo verdade. Não parece que as prejudique a andar, sentar, ou a fazer qualquer outra coisas que requeira as pernas, no entanto é uma particularidade que achei interessante.
Fica a questão se a coisa é genética e todas, ou uma grande parte delas, já nasce assim; se é proporcionada gradualmente durante as longas e dolorosas horas passadas sentadas em tatamis que, para os que não sabem, não é das coisas mais confortáveis do mundo; ou se há outra explicação que possa vir das particularidades culturais deste país tão estranho.

PS: É mais difícil do que parece tirar fotos a meninas de saia: em geral mexem-se demais XD

O jantar chinês

No restaurante, cuja montra está retratada na foto de cima, comeu-se o que está retratado na imagem de baixo. A comida chinesa no Japão tem um sabor diferente e, mesmo sabendo que pode ser um truque da memória e da percepção, talvez, um pouco melhor. XD

Debaixo do chão

Yep, mais uma vez, não é um mito. Os shoppings ou, se assim lhes quiserem chamar, enormes conjuntos de lojas onde muita gente se refugia da vida que tem de ser vivida, existem mesmo por aqui, muitas vezes, debaixo do chão. Depois do passeio acima da superfície, fomos para baixo dela onde, paradoxalmente, pelo poder a electricidade, a luz vencia, de maneira injusta e triste, a noite. É um (dos) local ideial para nos esquecermos da realidade, graças ao toque de clausura do inconsciente provocado e, obviamente, para fazer compras e, sendo assim, povoado maioritariamente por mulheres ~ mesmo no Japão, há coisa que são universais ;)

PS: "Porta" é, como facilmente adivinharam, o nome do supermercado :o

Kyoto, à noite
















É engraçado como, no meio de prédios e estradas nos deparamos com templos caseiros, altares aos deuses, ou pedras a lembrar os mortos. Do mesmo modo, os restaurantes de aspecto e comida tradicional abundam, sempre (ou quase) com a torre de Kyoto a vigiar os movimentos das escondidas maikos, dos títeres habitantes e dos turistas que, tal como eu, de noite, pela cidade deambulam.

PS: sim, "títeres" é uma palavra nova :)

WC do museu

Sim, é mesmo verdade. Elas existem mesmo O.o

Kyoto National Museum

Chegado a Kyoto, que hoje celebrava o dia da troca cultural dos estudantes internacionais, dirigimos-nos ao museu nacional que, hoje, tinha, para nós, universitários, a entrada à borla e que, estranhamente, parecia ser inspirado arquitectonicamente nos museus Europeus. Este museu, embora tenha uma colecção permanente enorme, cheia de pergaminhos antigos, impressões com madeira e outras coisas, tinha essa colecção selada, pois, o seu edifício principal estava em obras. Assim, a exposição, muito mais pequeno do que é normal num museu europeu, focava-se num mestre entre mestres de uma das ramificações do Budismo, à muitos anos atrás e, nos séculos vindouros, qual a sua influencia na arte que se fazia e promovia no período em que Kyoto era capital. Muitos pontos extra para a fantástica pintura com tons dourados, em quatro blocos, com um tigre, cujas proporções, embora erradas, tem algo de fantástico, bizarro e estranhamente real e os inúmeros em kanji antigos que, numa mistura de arte com escrita com mensagem, formava imagens estranhamente tranquilizantes.
Infelizmente, dentro não havia permissão para tirar fotos das obras expostas ~ fica, por isso, algumas do jardim, da saída, da entrada e das enormes carpas que, muito alegremente, percorriam o minúsculo lago slash fonte que se encontrava de frente desta.
No fim, à saída, ainda deu para comprar umas preciosidades que à muito tempo queria pôr as mãos em cima ~ hihi XD

PS: aparentemente, o um dos meus céu favorito não gosta de fotos -_-"

Os outros comboios

Os que se parecem com comboios e não metros e que andam muito mais rápido e param em menos estações. Hoje foi o dia para experimentar, ao preço de um comboio normal,um, na ida de Oosaka para Kyoto. Engraçado como havia um revisor que não pedia bilhetes a passar de dois em dois minutos jihihi ~

Get in the train!










Adoro a sequência das últimas três XD

Suicídio

Seria estranho um blog da minha autoria não ter um post com esta palavra. Hoje, ao sair de Oosaka, em direcção a Kyoto, a estação estava estraordinariamente mais cheia e confusa que habitualmente. Um anuncio, num esporádico em inglês, dava a razão: "The midori line is currently stopped due to an accident with people." Por aqui, aparentemente, chamam-lhe "acidente com pessoas", eufemismo morbidamente engraçado, na minha, talvez não por estas paragens, mórbida opinião.
Pouco depois, a minha companhia perguntou-me "Não te faz impressão saber que, aonde andas ouve um suicídio?". E eu, olhando em volta, para a multidão sedenta de tempo, stressada, metida na sua, separada de todas as outras, vida e sem ligar nada ao humanismo e à muito ignorada razão da tragédia que se tinha acabado de passar, respondi o que pensava e sentia: "Nada de nada." :|

Reparar a máquina ...

Hoje, mesmo de manhãzinha, fui para Osaka, com um longo dia pela frente, de modo a reparar a minha querida máquina fotográfica na loja de reparações da Sonny. Isto de estar no Japão tem as suas vantagens: não é precisos esperar o tempo da viagem :) De qualquer maneira ainda deu, à medida que a aventura de procurar pela dita loja se desenrolava, para ter algumas visões engraçadas. Entre elas, o mendigo com os seus milhões de gatos em caixas de cartão, as meninas cobertas de maquilhagem às compras, as estranhas lojas a elas dedicadas e, como sempre, a multitude de pessoas que fluíam por todo o lado.
Depois de algum tempo, encontrou-se a loja da Sonny e foi surpreendentemente eficiente. Dei a máquina, eles disseram que ela tinha de ficar lá, fizeram um orçamento provisório que, como verifiquei depois, foi muitíssimo acertado, e ficou feito. Menos de dez minutos. ~ awesome!


PS: a quarta foto deste poste dedicada à minha irmã ~ tu ias adorar essa loja XD