Mais uma vez tive uma revelação, graças a uma muito simpática menina vinda de lá, sobre a já-não-tão misteriosa mas ainda muitíssimo complicada língua chinesa. Estranho como possa ser, há quem diga que a língua é menos complicada que o japonês e uma das razões para isso é que, embora haja uns seis mil e picos kanji que, aqui sim, são usados como letras, todas eles têm sempre a mesma prenuncia, embora esta tenha as complicações já descritas. Isto que dizer que kanji sabido é kanji sabido, ao contrario do japonês em que podemos ter um kanji que oitenta por cento das vezes se lê assim, quinze por cento se lê assado, e os restantes cinco por cento se lê de maneira inadivinhável.
Outra coisa que já se sabia, pelo menos para os que se interessam por este lado do mundo, é que não há katakana ou hiragana, ou seja, toda a coisa se escreve com kanjis. Juntando esta informação e com um bocadinho de pro-actividade é fácil perguntar como raio é que há, por exemplo, flexões de verbos ou mesmo passados ou negativas na construção frásica chinesa. E aqui entra a parte mesmo boa: além de não haver nada dessas complicações - se só há kanji e a sua leitura não muda, como é que se teria flexões de verbos? - é das línguas mais simples, os mais ácidos diriam básica, de sempre a nível de estrutura gramatical. A título de exemplo uma negativa constrói-se pondo um solitário "não" na frase e uma frase para ficar no passado apenas se tem de acompanhar pelo kanji de "terminado". O mesmo padrão é seguido para todas as construções, sendo apenas adicionado algum(s) elementos que fazem a frase mudar o seu significado total, por vezes, com um engenho de louvar.
Não admira que se diga por aqui e por ali que os japoneses pegaram na língua mais difícil do mundo, pela quantidade enorme de letras, e complicaram-na!
PS: e com isto tudo nem sei se é de admirar ou não que crianças chinesas com doze anos consigam ler um jornal!
Outra coisa que já se sabia, pelo menos para os que se interessam por este lado do mundo, é que não há katakana ou hiragana, ou seja, toda a coisa se escreve com kanjis. Juntando esta informação e com um bocadinho de pro-actividade é fácil perguntar como raio é que há, por exemplo, flexões de verbos ou mesmo passados ou negativas na construção frásica chinesa. E aqui entra a parte mesmo boa: além de não haver nada dessas complicações - se só há kanji e a sua leitura não muda, como é que se teria flexões de verbos? - é das línguas mais simples, os mais ácidos diriam básica, de sempre a nível de estrutura gramatical. A título de exemplo uma negativa constrói-se pondo um solitário "não" na frase e uma frase para ficar no passado apenas se tem de acompanhar pelo kanji de "terminado". O mesmo padrão é seguido para todas as construções, sendo apenas adicionado algum(s) elementos que fazem a frase mudar o seu significado total, por vezes, com um engenho de louvar.
Não admira que se diga por aqui e por ali que os japoneses pegaram na língua mais difícil do mundo, pela quantidade enorme de letras, e complicaram-na!
PS: e com isto tudo nem sei se é de admirar ou não que crianças chinesas com doze anos consigam ler um jornal!
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