Nara, a cidade que dá nome à região onde me encontro, é, possivelmente, a cidade mais bonita da zona. Transpira natureza, muito devido ao seu enorme parque slash bosque slash floresta em que caminham, livremente, mais veados do que a vista pode ver e o cérebro pode contar. Pelo natural verde existem templos e estruturas dedicadas aos Deuses, aos antepassados, e ao que é “naturalmente” sagrado. Os templos são umas contastante: o famoso Todai-ji, com o maior Buda do mundo, com os seus olhos de um metro e a sua altura, sentada num nenúfar, de quinze metros, repousa tranquilamente. Noutro, o Kofuku-ji, lembra a estrutura de cinco andares reminiscente de um jogo à muito muitas vezes jogado. E ainda, um que dá vista para um pôr do sol imergente.
Terminada a caminhada pela rua principal e muito perto do lago que a finda e do largo onde o templo com um dos mais famosos pagodes de cinco andares do Japão - Kofuku-ji - assenta, vimos um espectáculo não incomum de estátuas pequenas com uma espécie de babetes. Aparentemente uma prática para os deuses protegerem as crianças que morreram sem terem nascido: só eu é que acho isso muitíssimo macabro?
Chegados ao referido templo, em que, infelizmente, não tivemos tempo para entrar a atmosfera festiva já palpitava e, mais do que isso, a impressionante torre de um estilo que muito dificilmente associaríamos a outro país (talvez a china ~) e ainda mais dificilmente não associamos ao magnifico FFVII. É impressionante quão parecida este pagode é com a torre em Wutai.
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A quantidade de pessoas acusava o feriado nacional em que nos decidimos aventurar por esta magnifica cidade, nele, talvez de modo não correlacionado, o festival de cortar-os-chifres-aos-veados estava a decorrer. O porque é simples: se deixamos os chifres crescer torna-se incomportável ter mil e duzentos veados a caminhar livres pela cidade e além disso, não lhes faz mal e diminui-lhes a violência. É pena que tire um bocadinho da presença dos animais mas nada feito. De qualquer modo, para esse dia, por ser feriado, ou por outra qualquer razão, montanhas de pessoas e, em particular, estudantes pré-universidade, com as suas famosas vestes, se encontravam de visita, naquilo que se poderia facilmente considerar um festival de uniformes a correrem de um lado para o outro.
Não pudemos deixar de entrar em Todai-ji embora essa história fique para depois. Finalmente, depois de um tempo que talvez tenha sido de mais, o dia terminou com um passeio pela floresta, onde o sol baixo tornava o chão em ouro, onde havia templos e altares em toda a parte e um pôr-do-sol belíssimo e, por alguma estranha razão, quase nostálgico, nas varandas de um templo, cujo nome já foi esquecido ou talvez nunca tenha sido dito à minha pessoa, com vista para a cidade e sem bateria na máquina. Definitivamente tenho de comprar uma nova ^_^
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