Friday, 16 October 2009

A organização da recepção

Mesmo tirando a comida, a recepção foi bastante boa. Isto graças aos inúmeros esforços dos estudantes estrangeiros que, de uma maneira muito japonesa, orquestraram performances de música (tradicional e não só, também se cantou Queen), jogos em que todos participaram, poesia alemã, canções meio melancólicas da Ucrânia, exploração de instrumentos musicais indonésios, um teatro tailandês, canções cantadas por meninas chinesas e - surpresa - até uma espécie de karaoke feito pelo reitor da universidade.

No entanto, o que é (mais) interessante aqui é denotar o quão japonesa era a atmosfera e o próprio evento em si. A organização apenas dava os meios para as coisas acontecerem e os detalhes, performances, planeamentos, eram pensadas, treinadas, feitas e executadas pelos estudantes. Como já verifiquei mais vezes, este é o statu quo por aqui. E funciona brilhantemente. A pró-actividade é posta em acção e é quase emergentemente imposto um dinamismo nos que, de outra forma, apenas assistiriam a tudo. Se a isso juntarem a colectividade japonesa, com os seus inúmeros, e desde tenra idade criados, grupos de isto e aquilo para fazer aquilo e acoloutro, têm uma força anti-inercia gigantesca e inúmeras oportunidades para a criação de laços interpessoais e de, como diria o meu professor de gestão, riqueza. É meio triste pensar que nunca na vida haveria um sucesso fundado por uma participação tão pró-activa em seja o que for desse lado do mundo.

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