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Foi a primeira (segunda na verdade) vez que senti na pele que o Japão tem algo de muito doente. Em Nara, por o primeiro andar ter um aspecto mais ou menos inocente, com máquinas que lembram as que, pela minha infância, povoavam alguns dos caminhos onde, vagamente, me lembro de ir com o meu avô, entrei casualmente num game center e a coisa é chocante. É como um casino em pequena escala, sem janelas e sem qualquer contacto com o exterior. Muitas luzes, sons e explosões visuais que nos cegam. Os transeuntes que, paradoxalmente, parecem, neste espaço, passar pela vida e não pelo jogo, são como cadáveres vivos sem qualquer reacção a nada senão o jogo, ecrã, máquina, som, alavanca ou aparelho que se encontra à sua frente.
A última foto retracta a situação que mais me chocou: ela não devia ser muito mais velha que a minha irmã ~
talking about lost childhood...
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