Monday, 23 August 2010

One one time... post office :o

Today I when to the mail-post to send a letter. As I'm leaving soon I put nothing in the "FROM" part of the envelop except for a joke-like 日本 (Japan) and my name. The face of the man working there, as I told I him I wouldn't have an address in Japan soon, was priceless: a mist of "oh shit" and "what can I do now" and "oooh SHIT". He talked to his college and he told him I should probably put my home-country address. By now I was enjoying the small dark box they were running in and told them I didn't want to do that. His face when from bad to worse. I'm the customer so, without one hundred and one per cent sure, he wouldn't be able to tell me I must do it. And his epic journey through bureaucracy started. He talked with the rest of his colleges, all of which looked sympathetic, waving their heads in acknowledge of the problem but, nevertheless, useless in solving the storm I've caused. Then, he when "inside" to the unknown and invisible parts of the building, the deepest offices of the Vogons in charge. After a while he was out, maybe not with a solution but at least, apparently, with a plan. The promptly when to his desk, picked up the phone dialed and ... waited. After a while a conversation had begun to surge and, as your eyes met I know the storm was coming to an end. Finally, he came to me and, with no doubts or problems or thoughts, told that I must put my home adress in the letter.

This short, truth, sightly humorist and somewhat sad story shows what I consider to be the worse part of the Japanese culture in motion. The total inability to see, analyze and go beyond the preset rules; the small through completely and utterly stuck in the small dark box of the corporate culture; the total lack of flexibility to solve, by other means and other, more suitable, ways, a specific, unpredicted problem; is what ultimately limits and shorten the views and minds of this beloved country. If, by some magical achievement, the Japanese spirit could go past this limitation and, at the same time, keeping the union, the effort and the persistence that characterizes them, Japan would go even further, reaching to the stars and beyond, like no other country does and is doing in this day and age.

皆さん頑張れ!

Calor

O Verão japonês mata. Isso já se sabia. A surpresa é até que ponto a sua devastação se faz sentir. Por aqui está calor. Um calor abafado, suado, que se cola à roupa, que nos faz não querer sair de saca. Um calor que se sente no momento da saída ou da abertura da porta como uma onda de veneno que murcha as mais fortes flores. Um calor que seca a roupa lavada em minutos mas que nunca a deixa fresca e arejada. Um calor que aquece a água nos canos a até ela se transformar num liquido estagnado, seco e imbebível. Um calor que faz a noite ser passada entre viagens ao frio liquido mais próximo e que nos acorda com manchas de suor nos lençóis. Um calor que fazem os mosquitos, escaravelho, baratas e cigarras crescerem para tamanhos tropicais e número incontroláveis. Um calor que apodrece todo o alimento esquecido. Uma calor que, muito devagarinho, nos mata.

Wednesday, 21 July 2010

jishin!

Era uma das coisas que queria experimentar aqui :)
Hoje, enquanto estudava os quinhentos kanji para o exame da manhã que passou, por volta das seis e vinte e uma da manhã, um terramoto com a pequena magnitude de cinco ponto um atingiu a zona do Japão em que me encontro. É certo que eu me encontrava em condições de sono e concentração para me lembrar que, nessas alturas o melhora a fazer é ir para as soleiras das portas e esperar réplicas mas, por outro lado, nem as pequenas torres de moedas da secretária caíram ao chão. De qualquer modo, foi o maior que experimentei até hoje ~ não deu nem para um susto pequenino, mas suponho (será???) que seja melhor do que um que cause um susto (ou pior...) que não esquecemos tão fácilmente ~

O tempo e o teste

Não é que eu tenha morrido ~ longe disso! Mas a situação por aqui, com as mudanças e as despedidas e os exames e as viagens e as coisas não me deixam dedicar tanto tempo quanto quereria/deveria a este espaço. Alas, hoje faz-se uma espécie de ponto da situação.

Por aqui, acabou de acabar a época das chuvas. A horrivelmente molhada, sufocante inibitória época das chuvas. Nas piores alturas, sair de casa significava dar um mergulho numa atmosfera com noventa e nove por cento de humidade que de mão dada ia com um calor sufocante. É engraçado ver como o suor de dentro e a chuva de fora se podem confundir de forma tão perfeita. E claro, foi giro estar no meio de tempestades tropicais em que a chuva molha mas não esfria ^_^
Agora, o Verão japonês planeia avançar dolorosamente, ainda nem estamos em Agosto mas já o céu azul ameaça temperaturas que não ficam atrás dos piores momentos de Portugal ... sem esquecer que, por aqui, não há uma abundância de praias.

* * *

Hoje foi o exame final de kanji e de leitura. Eu deixo a analise do de kanji para outras alturas em que a memória esteja menos danificada e passo para a surpresa do dia e, afinal, a razão deste post. O exame de leitura é, no fundo, ler um texto e mostrar que o entendemos respondendo a algumas perguntas. Não surpreendentemente entender o texto é muito mais fácil que responder às perguntas mas, em geral, não é nada que não se faça com mais ou menos dificuldade. Os textos, tanto os do exame de hoje como os dos exercicios passados, tem como tópicos, em geral, partes ou histórias ou curiosidades da cultura japonesa.
O exame de hoje vinha em duas partes. O primeiro texto falava sobre um reencontro entre dois amigos, mais de quarenta anos depois, e de como a amizade dos dois se baseava (e, depois do encontro, se continua a basear) no facto de ambos gostarem de ... pescar. Isto pode parecer estranho, em particular com todas as idiossincrasias que o texto explicitava mas, por estes lados orientais, não é algo que eu não veja acontecer de forma mais ou menos normal. Já se sabia que os orientais em geral e os japoneses em particular tem uma maneira muito particular, i.e. fundamentalmente diferente, de ver as relações humanas e os sentimentos de que delas advém mas nada disso me podia preparar para o segundo texto, repito, do exame final.
Este texto falava, de forma muitíssimo detalhada sobre a infância de uma criança que perde o pai com uns sete ou oito anos. O testo começava com a frase "quando estava no primeiro ano da escola, o meu pai morreu " e continuava a explicar a vida que o pai levava - workaholic, nunca em casa, a viajar para o estrangeiro, ausente e sempre ocupado - como ele morreu - quando estava a beber sake com os clientes e caio para o lado depois de fazer uma cara de dor - como ele (a criança) foi acordado pelo telefone numa noite fria de Fevereiro e como a mãe o levou ao hospital onde o pai, que já nada falava, estava; como a mãe dele, durante muito tempo depois, chorava fortemente; como a vida de casa mudou com a necessidade da mãe arranjar um trabalho e a solidão e tristeza sentida - aqui detalhes mórbidos como o facto dele fechar a porta de casa depois da mãe sair ou o facto dele esperar por ela depois da escola sozinho coma sua dor - e, por fim, como ele, repito, uma criança de sete ou oito anos, se sentia triste e em lágrimas cada vez que via crianças da mesma idade a saírem de casa com os pais para irem a qualquer lado e como ele não tinha a coragem para pedir o mesmo à mãe vendo quão cansada ela sempre estava a trabalhar sete dias por semana. E sim, isto tudo num exame final, mesmo sem saber que tipo de famílias, relações e traumas tem os alunos que tem de, obrigatoriamente, fazer o teste. Agora, corrijam-me se eu estiver enganado: em Portugal e provavelmente no resto da Europa (não sei quanto às Américas) isto nunca acontecia pois não?
No fim do exame, chocado, fui perguntar ao professor porque é que o texto era tão triste e ele responde-me, com uma cara de incredibilidade, "não é nada triste, é normal". Eu ainda não sei bem o que é, mas de uma coisa eu tenho a certeza absoluta: os japoneses não têm, vêem, sentem e pensam as relações e emoções como nós, povos não asiáticos, o fazemos.

Monday, 24 May 2010

考えたくない

Hoje, embora a manhã tenha estado com chuva, aquela chuva que molha e faz com que não nos queiramos levantar, a tarde esteve coberta de nuvens, daquelas que abafam e microclimatizam a atmosfera para um desagradável sufoco. Hoje, nesse clima, numa conversa com uma Tailandesa sobre a brevidade da estadia aqui e sobre as escolhas que temos de fazer, la disse-me 考えたくない (não quero pensar). Hoje, a brevíssimos dias de voltar a Portugal, apercebo-me de mais algumas subtilidades da cultura asiática: se é desagradável, se não é mudável, se não ajuda ao agora, mais vale não pensar nisso.
Ao mesmo tempo, o tempo passa e toda a gente se começa a aperceber que, daqui a algumas horas, a vida como a conhecemos vai deixar de existir. A pressa de experimentar o que falta, a vontade de comprimir tudo o que não se fez, e a melancolia das lembranças que já ficaram para trás, começam a pesar enormemente no dia-a-dia que, tal como esperado do Verão japonês, vai ficando cada vez mais quente, abafado e doloroso cada vez que se tenta ter uma inspiração mais profunda e, talvez, fresca.

Thursday, 20 May 2010

Calor

O calor começa-se a fazer sentir. E não, não é aquele calor de Portugal que faz toda a gente querer ir para a praia ~ é o outro calor. Aquele calor que é abafado, húmido, que faz a humidade da pele confundir-se com a maquilhagem, as roupas colarem ao corpo e o cabelo ao pescoço. Aquele calor que faz a criação de insectos a coisa mais fácil do mundo e que faz o Verão do Japão uma coisa um tanto ou quanto dolorosa. É claro, está só a começar e, mesmo com as chuvas quentes que se fazem aqui sentir, já há vitimas pelo mundo da moda a mais... Eu, por mim, continuo com três camisolas e, por vezes, até descarto a de lã ~ vamos ver como é que a coisa corre :o

Monday, 10 May 2010

Golden Weak

Acabou a golden week (lol Gōruden Wīku). A sequência de feridos mais famosa do mundo (?) foi passada na companhia de uma visita ... a viajar muito. Mas muito mesmo. Os dias começaram quase sempre antes as nove e terminaram quase sempre depois do sol se pôr. Tiraram-se treze Gb de fotos. Visitaram-se (quase todos) os últimos locais de interesse pela zona de Kansai. Cheiraram-se flores. Foi-se a museus e a festivais... E agora acabou ~ o que quer dizer que todo o estudo que devia ter sido feito começa a apertar no tempo que ai virá. Vamos ver como a coisa corre.
Entretanto ouvindo noticias perdidas de Portugal, parece que o Benfica foi campeão e a Queima das Fitas começou. Estranho como o mundo pode ser tão grande e tão minúsculo ao mesmo tempo.

Sunday, 25 April 2010

Ouvir

Hoje, além de outras coisas que me fizeram doer a cabeça, estive de volta de um mp3 com pouco mais de treze minutos que continha o som de uma serie japonesa. A ideia era preencher uma folha, frente e verso, com as falas que entendemos, ou não, do dito ficheiro. Só duas horas depois é que cheguei ao fim da folha, com a certeza de que tenho bem mais de metade das falas erradas. O japonês falado é totalmente diferente do japonês que se aprende na segurança da escolinha ~ aiai ~

Friday, 23 April 2010

yakiniko

Este post pode parecer nojento a algumas pessoas, mas apresento-vos "yakiniko". É o correspondente a rodízio japonês. É essencialmente carne (peixe e vegetais também) crua a gosto e ao pedido que vem sempre que queremos e que temos de cozinhar numa espécie de pequena fogueira. É o inferno dos vegetarianos e o paraíso de quem come carne. Há de tudo: fígados, coração, bifes, estômago, entrecosto, carne vermelha, carne branca, lulas, camarões, etcetc... O único problema é mesmo o preço mas se forem como eu não comem muito no dia seguinte :)

Thursday, 22 April 2010

雨! (chuva)

Agora chove. Não é aquela chuva miudinha em grande quantidade, nem tão pouco a chuva grossa de poucos pingos: é o melhor dos dois mundos! Há muito tempo que não via chover tanto e com tanta pujança. O curto caminho da universidade até casa chegou para encharcar por completo o cabelo, o casaco e os sapatos. Por outro lado o cheiro, atmosfera, esvaziamento humano e naturalização do espaço é, no mínimo, agradável, no máximo, libertador :)

Tuesday, 20 April 2010

Pausa

Amanhã tenho teste de kanji. Tenho de saber como se lêem (obviamente todas as maneiras) e como se escrevem vinte e cinco kanjis que, há uma semana atrás nunca tinha visto. Para ajuda tenho o meu denshijishou, um dicionário electrónico com um sistema de reconhecimento de kanji, um papel com os apontamentos da aula e pouco mais. Agora estou em pausa, com dois deliciosos bolos de chocolate com banana.

Sunday, 18 April 2010

I'm alive report

Se é verdade que as sakuras acabaram, não é verdade que a primavera se desfez no tempo. As flores que florescem mais tarde estão, de momento, vaidosas, a mostrar-se ao Japão. Por outro lado, as gentes, estudantes que à alguns longos e curtos meses estão longe de casa, chegam a um ponto critico: é o inicio do semestre e muita coisa parece aparecer e desvanecer-se na rede de emoções e relações e ligações. Inicio do semestre também quer dizer aulas e essas estão mais difíceis: há mais de quarenta kanji para saber por semana, há textos para ler e fazer, há vocabulário para decorar e há gramática para descodificar por entre o japonês rapidíssimo dos professores. O tempo está imprescindível com o sol a dar lugar à chuva e a chuva a dar lugar a nuvens por onde o sol espreita.
As fotos são de ontem, fui a Osaka ver as ditas sakuras mais raras e tardias. O vendedor da segunda estava a verder, entre outras cosias, língua de boi que estava surpreendentemente boa :)

Saturday, 10 April 2010

O hoje prolongado

Suponho que devia dizer o que ando a fazer por estes lados. Estamos no inicio do fim da famosa, pequeníssima, bela e ocupada época das sakuras: as flores rosa, brancas e, até, azuis, abrem num esplendor ferocíssimo e, de seguida, as pétalas caem e nada sobra sem ser o tapete de pétalas no chão. Para os Japoneses é a metáfora perfeita para a efemeridade e o total descontrolo que temos sobre o que acontece numa vida dominada pela natureza e o destino. Sendo assim, o que não faltam é festivais e locais e festas para ir, ver, fotografas e experimentar.
Por outro lado as aulas começaram. Além do seguimento, muito mais difícil, complicado e com um professor on-crack do curso intensivo das manhãs no primeiro semestre, meti-me - e ainda não percebi porque - em aulas da tarde, com professores novos, manias e, mais importantemente, matéria e pessoas novas. E, embora haja aulas em inglês que se adivinham fantásticas, as aulas suplementares cheiram-me a dificuldades tramadas. Além disso, claro, há as normais arrumações que parecem infinitas, a loiça, a roupa, a limpeza, e tudo o mais. Finalmente, claro, o tempo aquece e o que será o Verão apresenta-se por entre as caídas pétalas: há insectos no ar, há lagartos, aranhas e sons que seriam de outros mundos se não fosse o hábito e a capacidade de adaptação.
Alas, indeed in my wonderland ... maybe!

PS: fotos do dia de hoje em Kyoto ~ há muitas mais, mas não há tempo para fazer um selecção a sério ~ uff

Monday, 5 April 2010

Kendo

O Kendo é uma arte marcial e os seus praticantes usam uma espadas de madeira chamada shinai, com que têm de bater no adversário. Como todas as artes marciais é verdadeiramente tramada de apreender com todo o detalhe, mesmo usando a vida toda para isso. Alas, hoje, depois de ter andado e visitado e fotografado o castelo de Osaka e as suas imensas sakuras ouvi pessoal a gritar, com uma selvajaria nunca antes por mim vista no Japão, e o que pareciam ser pedaços de maneira a bater uns contra os outros, como se os relâmpagos viessem de árvores e não das nuvens. Era um espaço de treino para antes marciais onde o pessoal estava a "treinar". Entre aspas porque aqui não parecia nada treinar: parecia que estavam a faiscas de se matarem uns aos outros. As pessoas caiam, davam os as espadas nas cabeças e mãos uns dos outros, gritavam e lançavam-se ao adversário como uma velocidade que os meus olhos cansados mas atentos mal acompanhavam.
O homem no centro da foto, por baixo da bandeira do Japão era o maior! Pela cara enrugada, devia ter uns cinquenta ou sessenta anos, e, pelo que observava, era o sensei dos mais avançados, visto que o pessoal que lutava contra ele devia ter uns trinta ou quarenta anos. Eu não percebia nada e duvido que isso tenha a haver com o facto de não saber as regras. Umas das coisas engraçadas era que, de vez em quando os alunos faziam, três vezes seguidas, uma investida que terminava com uma pancada fortíssima da espada na cabeça do homem - não me atrevo a chamar-lhe velhote - que não ripostava e que, no fim, mandava um grito daqueles que projecta uma aura que não se vê todos os dias.
Se vierem cá, vale a pena ~ os treinos começam todos os dias às quatro da tarde ^^

Medo?

Esta foto não é particularmente interessante. É tirada mais ou menos no meio da estrada mas, como se pode ver não havia carros nessa faixa. A localização é Osaka, Temmabashi, e o relógio aponta uma umas seis horas: hora de ponta portanto. Nesta altura andava eu à procura de mais um local para fazer hanami: ver e apreciar as sakuras em flor. O local permaneceu e permanece escondido mas, na altura da foto a esperança de o encontrar ainda existia. No momento que a câmara roubou ao tempo havia uma mulher nos seus trinta anos à minha direita: estava na paragem de autocarro e, talvez, tenha estranhado o meu comportamento. O que é certo é que, na minha inocência lhe quis perguntar, no meu mais polido e certo japonês, onde era a localização do tal local pelo que, de modo natural, me virei para ela e avancei um passo na sua direcção. Nunca mais vou esquecer (maybe) a sua reacção: depois de um salto brusco para trás e um abrir de olhos que revelavam surpresa, medo e desconforto; a mulher vira costas e, no jeito balanceado e lento de corrida japonesa, corre o mais rápido que os saltos lhe permitem para longe da minha pessoa.
É sabido que há japoneses que não gostam, não se sentem à vontade ou não entendem os estrangeiros (gaijin); também é sabido que eu não tenho a aparência mais vista por estes lados do mundo; e, por fim, é sabido que o desconforto entre sexos é grande no Japão. No entanto, dai a ter uma reacção tão violenta vai uma distância grande ... ou será que não? Já não é a primeira vez que me acontecem peripécias parecidas mas é a primeira vez de uma tão forte ~ well, suponho que há doidos para tudo :)

Sunday, 4 April 2010

Pascoa?

Em dia de pascoa, em país não cristão, a coisa que mais interessa é o florir da natureza e, em particular, das sakuras ~ Hoje fui a Kyoto e deliciei a vista com flores, festa, meninas em kimono, mais flores, japoneses bêbados e algumas coisas estranhas. Amanhã é a vez de Osaka ~ huhuu!

Monday, 15 March 2010

Anime e jantar

O anime chama-se Windy Tales e recomendo-o a toda a gente que goste de (bom, muitíssimo bem desenhado, conceptualmente genial, ligeiramente deprimente) anime :)

Sasaki Kojirō

Das figuras mais bonitas, detalhadas e totalmente brutais que tenho. É o rival do "herói" Musashi na manga Vagabond e vai ficar muitíssimo bem ao pé dele, visto fazerem um par ^_^ Foi das melhores coisas que vi à venda na exposição do Inoue e a que mais me custou comprar (高い!).

Alas, a beleza nãot em preço deshou ;)

Dia de Lixo

Como já foi dito, não há contentores de lixo por aqui. O que quer dizer que, em dia de recolha de lixo, pela manhã, temos estes molhos nas ruas com o lixo especifico do dia, à espera de recolha.

Sunday, 14 March 2010

Omizutori (お水取り)

最後のお水取りの日。すごく待った後ですごくきれい見栄。

Depois de, há/à (afinal qual é que se usa mesmo???) dois dias atrás ter estado aqui, voltei para o último dia do festival que, aparentemente, demora muito menos tempo. Havia menos pessoas, mas mesmo assim era uma multidão considerável. Fui visitar o templo em si e, dada a vista, imaginei-me a comandar, queimar, afundar e esmagar os que, em baixo esperavam o espectáculo que se seguia. As câmaras dos profissionais estavam prontas. Só restava arranjar um local, estrategicamente colocados para maximizar a vista que achava que ia ter e, claro, esperar ~



* * *


~ esperar, 待, esperar, 待, esperar ~
~ esperar, 待, esperar, 待, esperar ~
~ esperar, 待, esperar, 待, esperar ~
~ esperar, 待, esperar, 待, esperar ~
~ esperar, 待, esperar, 待, esperar, 待, esperar, 待, esperar, 待, esperar, 待, esperar, 待, esperar, 待, esperar, 待, esperar, 待, esperar, 待, esperar, 待, esperar, 待, esperar.

E depois ... uma das coisas mais fantásticas de sempre!




Primeira sakura

A primeira sakura que vi com olhos de ver ~ a primavera oficialmente chegou!

Also, post dedicado à minha irmã de olhinhos azuis ~ eu vejo se tiro mais menina ;)

Parque de Nara

Antes do festival, ando pelo Parque de Nara entre florestas mais ou menos cerradas, olhares de veados mais ou menos inquisidores, árvores mais ou menos floridas e lagos muito japoneses ~ hehe

Língua de veado

Um veado pequenino e a sua mamã no parque de Nara. Se repararem ele tem a língua de fora: nunca a pôs para dentro e estou convencido que é um problema, talvez genético, que ele tem. Como os veados aqui são alimentados e mantidos pela população é normal que a selecção natural não seja tão apertada como seria num ambiente mais selvagem. Alas, suponho que seja kawaii ne :o

Clubes do/no Japão

Para quem vê anime os clubes japoneses não são uma novidade assim tão grande: depois das aulas, da escola primária até à universidade, e às vezes para alem disso, milhões de jovens se dedicam, de corpo e alma, que, não raramente, passa a ser mais importante do que as aulas em si. Os clubes têm um valor social enorme. Por um lado permitem à pessoa encontrar outros que partilhem os seus gostos, coisas na sociedade japonesa rara e que não acontece se não se criar uma situação ou localização para isso. Por outro, faz com que o desenvolvimento físico e slash ou mental da pessoa não seja só focado no que dado nas aulas. Não é normal haver japoneses que sabem tocar guitarra ou koto, que saibam caligrafia a nível profissional, que já tenham praticado algum desporto ou arte marcial, ou que já tenham convivido mais com uma língua estrangeira por que se interessam. Dito isto há clubes de tudo e as suas regras são decididas internamente. Há clubes muitíssimo estritos, em que hà regras para tudo, desde quando se entra até como se cumprimenta as pessoas; e clubes muito mais suaves, em que o convívio é muito mais importante do que o que se faz. No entanto, mesmo assim, é raro o club que não tenha pelo menos um grande feito - uma peça de teatro, um concerto, uma medalha numa qualquer competição - por ano. É claro que também há desvantagens: como já me disseram, o clube tira a liberdade das pessoas. Se se gosta de futebol mas não se quer ou não se pode estar no clube tanto quanto se espera (o que mais se ouve neste tipo de coisas é ganbatte, japonês para esforça-te, que tem significados desde "boa sorte" até "devias estar a trabalhar mais" ), a pressão social e o status quo faz com que se desista em vez de andar lá sem dar cem por cento. E, claro, é muito difícil para os japonesas organizarem-se só porque sim, sem haver um propósito ou uma desculpa para o fazer: um grupo de pessoas encontrar-se uma pontual dia para jogar futebol é estranho, mas o mesmo grupo de pessoas organizar um clube para jogarem já não.
A foto mostra o clube de basebol da escola primária ou segundária de Tenri. Cada elemento está equipado e, agora que as aulas estão acabadas, passará as próximas horas a esforçar-se pelo simples facto de gostar de basebol e, talvez, querer conhecer mais pessoas que também o façam. Jogar só pelo prazer de jogar? Nah ... isso é para as crianças!

Takehiko Inoue's The LAST Manga Exhibition

Como se sabe Takehiko Inoue é o autor da manga Vagabond e um dos melhores ilustradores de sempre. Como dito num post anterior, hoje voltei para ver a exposição dele. Levantar às 6:30, apanhar o comboio às 7:00, chegar a Nanba às 8:00, chegar ao museu às 8:30, ficar na fila uma hora à espera que o museu abrisse e comprar o bilhete por volta das 9:30, entrar na exposição às 10:15 e sair dela 11:00 foi a minha manhã.
Como esperado, mesmo uma hora antes do museu abrir a fila já era considerável e na altura de abrirem as portas mais de trezentas pessoas esperavam ansiosamente a exposição. Talvez fosse por ser o último dia, talvez por as entradas serem limitadas, talvez por o Onoue ser o maior, mas havia um zumzum e uma excitação quase palpável pelo ar. Depois de, na fila dos bilhetes haver um frenesim para se tirar fotos desta imagem, que ocupa a entrada do museu, a fila da entrada na exposição em si tinha um surpreendente vídeo do homem em acção e a naturalidade com que ele fazia nascer o desenho era assustadora. A fila, eventualmente acabava num elevador, onde entravam no máximo seis pessoas em cada, mais ou menos, cem minutos: heis a razão uma maneira muito interessante de restringir o público e de tornar o ambiente da exposição em si menos sufocante.Obviamente, ao bom estilo Japonês, por perturbar os outros visitantes e o andar da exposição, fotos não eram permitidas, mas o que se via muito dificilmente era capturado por fotos. Toda a exposição assentava sobre uma historia, contada por desenhos ou páginas de manga, usando o espaço do museu e contrastes de pretos e brancos na sua arquitectura, que reflectia os últimos dias do herói Miyamoto Musashi, protagonista da já referida manga Vagabond. E era perfeita. Toda a complexidade do homem, todas as suas relações, todos os espinhos, as vidas e os desafios da sua vida se encontravam detalhados, mistificados e resolvidos (?:) num contar surreal, introspectivo e muito, muito bonito. Os desenhos, a lápis e tinta da china, são dos melhores que vi até hoje. Tudo fazia sentido, não havia um traço a mais ou a menos, tudo fluía como o vento que leva os pensamentos e desperta o que de melhor se encontra por dentro. Tudo perfeito.

Alas, tudo o que é bom acaba e em menos do que nada estava fora. Mais uma vez a loja atrai-me e gasto mais umas fortunas em ... coisas. Ao sair, sou entrevistado sobre o que achei e coloco em palavras o que me remexia o cérebro. Finalmente, altura de ir embora ~ o dia ainda só estava a começar...

Baia de Osaka

Uma zona recreativa que em tudo lembra o espaço da expo98. Tem um museu, que agora tem uma exposição totalmente fantástica, um famoso oceanário, bares restaurante e outras referencias que, por uma ou outra razão nos fazem pensar no mar que se ouve por detrás das paredes da civilização.

Saturday, 13 March 2010

Umeda: enday

Cansado, com um saco muito pesado às costas, vejo muita gente a sair do metro e assumo que é a minha paragem: má ideia! Sai em Umeda em vez de sair em Nanba ~ esta estava em plena hora de ponta, portanto resolvi andar por lá um bocadito. Esta é essencialmente a zona dos prédios grades e coisas importantes de Osaka. Ao virar da esquina estava o edifício da opera e praticamente todas as janelas em vista dão para escritórios que alguma coisa hão-de fazer.
Depois disso ainda sai em Nanba para revisitar algumas localizações e estudar o terreno para futuras visitas. A noite começava a adocicar o ar e as luzes a espalhar o seu contraste, ainda não obliterando as silhuetas negras das arvores ~

Inoue Takehiko

Ontem em Nara a minha companhia avisou-me de algo que, se eu não tivesse sabido, me ia assombrar durante uns tempos: uma exposição do Takehiko Inoue sobre o Vagabond, com desenhos originais feitos a tinta da china e pincel e com algo como uma add-on à manga feito no espaço do museu. Hoje, visto a exposição acabar amanhã, vim a Osaka para ver a coisa e dei de caras com uma fila descomunalmente grande e com a impossibilidade de entrar ~ mesmo assim, deu para visitar a loja (~ adeus queridos yens ~) e ver como a coisa funcionava. Amanhã volto lá outra vez ^_^