皆さん頑張れ!
Monday, 23 August 2010
One one time... post office :o
皆さん頑張れ!
Calor
O Verão japonês mata. Isso já se sabia. A surpresa é até que ponto a sua devastação se faz sentir. Por aqui está calor. Um calor abafado, suado, que se cola à roupa, que nos faz não querer sair de saca. Um calor que se sente no momento da saída ou da abertura da porta como uma onda de veneno que murcha as mais fortes flores. Um calor que seca a roupa lavada em minutos mas que nunca a deixa fresca e arejada. Um calor que aquece a água nos canos a até ela se transformar num liquido estagnado, seco e imbebível. Um calor que faz a noite ser passada entre viagens ao frio liquido mais próximo e que nos acorda com manchas de suor nos lençóis. Um calor que fazem os mosquitos, escaravelho, baratas e cigarras crescerem para tamanhos tropicais e número incontroláveis. Um calor que apodrece todo o alimento esquecido. Uma calor que, muito devagarinho, nos mata.
Wednesday, 21 July 2010
jishin!
Era uma das coisas que queria experimentar aqui :)
Hoje, enquanto estudava os quinhentos kanji para o exame da manhã que passou, por volta das seis e vinte e uma da manhã, um terramoto com a pequena magnitude de cinco ponto um atingiu a zona do Japão em que me encontro. É certo que eu me encontrava em condições de sono e concentração para me lembrar que, nessas alturas o melhora a fazer é ir para as soleiras das portas e esperar réplicas mas, por outro lado, nem as pequenas torres de moedas da secretária caíram ao chão. De qualquer modo, foi o maior que experimentei até hoje ~ não deu nem para um susto pequenino, mas suponho (será???) que seja melhor do que um que cause um susto (ou pior...) que não esquecemos tão fácilmente ~
Hoje, enquanto estudava os quinhentos kanji para o exame da manhã que passou, por volta das seis e vinte e uma da manhã, um terramoto com a pequena magnitude de cinco ponto um atingiu a zona do Japão em que me encontro. É certo que eu me encontrava em condições de sono e concentração para me lembrar que, nessas alturas o melhora a fazer é ir para as soleiras das portas e esperar réplicas mas, por outro lado, nem as pequenas torres de moedas da secretária caíram ao chão. De qualquer modo, foi o maior que experimentei até hoje ~ não deu nem para um susto pequenino, mas suponho (será???) que seja melhor do que um que cause um susto (ou pior...) que não esquecemos tão fácilmente ~
O tempo e o teste
Não é que eu tenha morrido ~ longe disso! Mas a situação por aqui, com as mudanças e as despedidas e os exames e as viagens e as coisas não me deixam dedicar tanto tempo quanto quereria/deveria a este espaço. Alas, hoje faz-se uma espécie de ponto da situação.
Por aqui, acabou de acabar a época das chuvas. A horrivelmente molhada, sufocante inibitória época das chuvas. Nas piores alturas, sair de casa significava dar um mergulho numa atmosfera com noventa e nove por cento de humidade que de mão dada ia com um calor sufocante. É engraçado ver como o suor de dentro e a chuva de fora se podem confundir de forma tão perfeita. E claro, foi giro estar no meio de tempestades tropicais em que a chuva molha mas não esfria ^_^
Agora, o Verão japonês planeia avançar dolorosamente, ainda nem estamos em Agosto mas já o céu azul ameaça temperaturas que não ficam atrás dos piores momentos de Portugal ... sem esquecer que, por aqui, não há uma abundância de praias.
Por aqui, acabou de acabar a época das chuvas. A horrivelmente molhada, sufocante inibitória época das chuvas. Nas piores alturas, sair de casa significava dar um mergulho numa atmosfera com noventa e nove por cento de humidade que de mão dada ia com um calor sufocante. É engraçado ver como o suor de dentro e a chuva de fora se podem confundir de forma tão perfeita. E claro, foi giro estar no meio de tempestades tropicais em que a chuva molha mas não esfria ^_^
Agora, o Verão japonês planeia avançar dolorosamente, ainda nem estamos em Agosto mas já o céu azul ameaça temperaturas que não ficam atrás dos piores momentos de Portugal ... sem esquecer que, por aqui, não há uma abundância de praias.
* * *
Hoje foi o exame final de kanji e de leitura. Eu deixo a analise do de kanji para outras alturas em que a memória esteja menos danificada e passo para a surpresa do dia e, afinal, a razão deste post. O exame de leitura é, no fundo, ler um texto e mostrar que o entendemos respondendo a algumas perguntas. Não surpreendentemente entender o texto é muito mais fácil que responder às perguntas mas, em geral, não é nada que não se faça com mais ou menos dificuldade. Os textos, tanto os do exame de hoje como os dos exercicios passados, tem como tópicos, em geral, partes ou histórias ou curiosidades da cultura japonesa.
O exame de hoje vinha em duas partes. O primeiro texto falava sobre um reencontro entre dois amigos, mais de quarenta anos depois, e de como a amizade dos dois se baseava (e, depois do encontro, se continua a basear) no facto de ambos gostarem de ... pescar. Isto pode parecer estranho, em particular com todas as idiossincrasias que o texto explicitava mas, por estes lados orientais, não é algo que eu não veja acontecer de forma mais ou menos normal. Já se sabia que os orientais em geral e os japoneses em particular tem uma maneira muito particular, i.e. fundamentalmente diferente, de ver as relações humanas e os sentimentos de que delas advém mas nada disso me podia preparar para o segundo texto, repito, do exame final.
Este texto falava, de forma muitíssimo detalhada sobre a infância de uma criança que perde o pai com uns sete ou oito anos. O testo começava com a frase "quando estava no primeiro ano da escola, o meu pai morreu " e continuava a explicar a vida que o pai levava - workaholic, nunca em casa, a viajar para o estrangeiro, ausente e sempre ocupado - como ele morreu - quando estava a beber sake com os clientes e caio para o lado depois de fazer uma cara de dor - como ele (a criança) foi acordado pelo telefone numa noite fria de Fevereiro e como a mãe o levou ao hospital onde o pai, que já nada falava, estava; como a mãe dele, durante muito tempo depois, chorava fortemente; como a vida de casa mudou com a necessidade da mãe arranjar um trabalho e a solidão e tristeza sentida - aqui detalhes mórbidos como o facto dele fechar a porta de casa depois da mãe sair ou o facto dele esperar por ela depois da escola sozinho coma sua dor - e, por fim, como ele, repito, uma criança de sete ou oito anos, se sentia triste e em lágrimas cada vez que via crianças da mesma idade a saírem de casa com os pais para irem a qualquer lado e como ele não tinha a coragem para pedir o mesmo à mãe vendo quão cansada ela sempre estava a trabalhar sete dias por semana. E sim, isto tudo num exame final, mesmo sem saber que tipo de famílias, relações e traumas tem os alunos que tem de, obrigatoriamente, fazer o teste. Agora, corrijam-me se eu estiver enganado: em Portugal e provavelmente no resto da Europa (não sei quanto às Américas) isto nunca acontecia pois não?
No fim do exame, chocado, fui perguntar ao professor porque é que o texto era tão triste e ele responde-me, com uma cara de incredibilidade, "não é nada triste, é normal". Eu ainda não sei bem o que é, mas de uma coisa eu tenho a certeza absoluta: os japoneses não têm, vêem, sentem e pensam as relações e emoções como nós, povos não asiáticos, o fazemos.
Monday, 24 May 2010
考えたくない
Hoje, embora a manhã tenha estado com chuva, aquela chuva que molha e faz com que não nos queiramos levantar, a tarde esteve coberta de nuvens, daquelas que abafam e microclimatizam a atmosfera para um desagradável sufoco. Hoje, nesse clima, numa conversa com uma Tailandesa sobre a brevidade da estadia aqui e sobre as escolhas que temos de fazer, la disse-me 考えたくない (não quero pensar). Hoje, a brevíssimos dias de voltar a Portugal, apercebo-me de mais algumas subtilidades da cultura asiática: se é desagradável, se não é mudável, se não ajuda ao agora, mais vale não pensar nisso.
Ao mesmo tempo, o tempo passa e toda a gente se começa a aperceber que, daqui a algumas horas, a vida como a conhecemos vai deixar de existir. A pressa de experimentar o que falta, a vontade de comprimir tudo o que não se fez, e a melancolia das lembranças que já ficaram para trás, começam a pesar enormemente no dia-a-dia que, tal como esperado do Verão japonês, vai ficando cada vez mais quente, abafado e doloroso cada vez que se tenta ter uma inspiração mais profunda e, talvez, fresca.
Ao mesmo tempo, o tempo passa e toda a gente se começa a aperceber que, daqui a algumas horas, a vida como a conhecemos vai deixar de existir. A pressa de experimentar o que falta, a vontade de comprimir tudo o que não se fez, e a melancolia das lembranças que já ficaram para trás, começam a pesar enormemente no dia-a-dia que, tal como esperado do Verão japonês, vai ficando cada vez mais quente, abafado e doloroso cada vez que se tenta ter uma inspiração mais profunda e, talvez, fresca.
Thursday, 20 May 2010
Calor
O calor começa-se a fazer sentir. E não, não é aquele calor de Portugal que faz toda a gente querer ir para a praia ~ é o outro calor. Aquele calor que é abafado, húmido, que faz a humidade da pele confundir-se com a maquilhagem, as roupas colarem ao corpo e o cabelo ao pescoço. Aquele calor que faz a criação de insectos a coisa mais fácil do mundo e que faz o Verão do Japão uma coisa um tanto ou quanto dolorosa. É claro, está só a começar e, mesmo com as chuvas quentes que se fazem aqui sentir, já há vitimas pelo mundo da moda a mais... Eu, por mim, continuo com três camisolas e, por vezes, até descarto a de lã ~ vamos ver como é que a coisa corre :o
Monday, 10 May 2010
Golden Weak
Acabou a golden week (lol Gōruden Wīku). A sequência de feridos mais famosa do mundo (?) foi passada na companhia de uma visita ... a viajar muito. Mas muito mesmo. Os dias começaram quase sempre antes as nove e terminaram quase sempre depois do sol se pôr. Tiraram-se treze Gb de fotos. Visitaram-se (quase todos) os últimos locais de interesse pela zona de Kansai. Cheiraram-se flores. Foi-se a museus e a festivais... E agora acabou ~ o que quer dizer que todo o estudo que devia ter sido feito começa a apertar no tempo que ai virá. Vamos ver como a coisa corre.
Entretanto ouvindo noticias perdidas de Portugal, parece que o Benfica foi campeão e a Queima das Fitas começou. Estranho como o mundo pode ser tão grande e tão minúsculo ao mesmo tempo.
Entretanto ouvindo noticias perdidas de Portugal, parece que o Benfica foi campeão e a Queima das Fitas começou. Estranho como o mundo pode ser tão grande e tão minúsculo ao mesmo tempo.
Sunday, 25 April 2010
Ouvir
Hoje, além de outras coisas que me fizeram doer a cabeça, estive de volta de um mp3 com pouco mais de treze minutos que continha o som de uma serie japonesa. A ideia era preencher uma folha, frente e verso, com as falas que entendemos, ou não, do dito ficheiro. Só duas horas depois é que cheguei ao fim da folha, com a certeza de que tenho bem mais de metade das falas erradas. O japonês falado é totalmente diferente do japonês que se aprende na segurança da escolinha ~ aiai ~
Friday, 23 April 2010
yakiniko

Thursday, 22 April 2010
雨! (chuva)
Tuesday, 20 April 2010
Pausa
Sunday, 18 April 2010
I'm alive report
As fotos são de ontem, fui a Osaka ver as ditas sakuras mais raras e tardias. O vendedor da segunda estava a verder, entre outras cosias, língua de boi que estava surpreendentemente boa :)
Saturday, 10 April 2010
O hoje prolongado
Por outro lado as aulas começaram. Além do seguimento, muito mais difícil, complicado e com um professor on-crack do curso intensivo das manhãs no primeiro semestre, meti-me - e ainda não percebi porque - em aulas da tarde, com professores novos, manias e, mais importantemente, matéria e pessoas novas. E, embora haja aulas em inglês que se adivinham fantásticas, as aulas suplementares cheiram-me a dificuldades tramadas. Além disso, claro, há as normais arrumações que parecem infinitas, a loiça, a roupa, a limpeza, e tudo o mais. Finalmente, claro, o tempo aquece e o que será o Verão apresenta-se por entre as caídas pétalas: há insectos no ar, há lagartos, aranhas e sons que seriam de outros mundos se não fosse o hábito e a capacidade de adaptação.
Alas, indeed in my wonderland ... maybe!
PS: fotos do dia de hoje em Kyoto ~ há muitas mais, mas não há tempo para fazer um selecção a sério ~ uff
Monday, 5 April 2010
Kendo
O homem no centro da foto, por baixo da bandeira do Japão era o maior! Pela cara enrugada, devia ter uns cinquenta ou sessenta anos, e, pelo que observava, era o sensei dos mais avançados, visto que o pessoal que lutava contra ele devia ter uns trinta ou quarenta anos. Eu não percebia nada e duvido que isso tenha a haver com o facto de não saber as regras. Umas das coisas engraçadas era que, de vez em quando os alunos faziam, três vezes seguidas, uma investida que terminava com uma pancada fortíssima da espada na cabeça do homem - não me atrevo a chamar-lhe velhote - que não ripostava e que, no fim, mandava um grito daqueles que projecta uma aura que não se vê todos os dias.
Se vierem cá, vale a pena ~ os treinos começam todos os dias às quatro da tarde ^^
Medo?
É sabido que há japoneses que não gostam, não se sentem à vontade ou não entendem os estrangeiros (gaijin); também é sabido que eu não tenho a aparência mais vista por estes lados do mundo; e, por fim, é sabido que o desconforto entre sexos é grande no Japão. No entanto, dai a ter uma reacção tão violenta vai uma distância grande ... ou será que não? Já não é a primeira vez que me acontecem peripécias parecidas mas é a primeira vez de uma tão forte ~ well, suponho que há doidos para tudo :)
Sunday, 4 April 2010
Pascoa?
Em dia de pascoa, em país não cristão, a coisa que mais interessa é o florir da natureza e, em particular, das sakuras ~ Hoje fui a Kyoto e deliciei a vista com flores, festa, meninas em kimono, mais flores, japoneses bêbados e algumas coisas estranhas. Amanhã é a vez de Osaka ~ huhuu!
Monday, 15 March 2010
Sasaki Kojirō
Alas, a beleza nãot em preço deshou ;)
Sunday, 14 March 2010
Omizutori (お水取り)
最後のお水取りの日。すごく待った後ですごくきれい見栄。
* * *
~ esperar, 待, esperar, 待, esperar ~
Língua de veado
Clubes do/no Japão
A foto mostra o clube de basebol da escola primária ou segundária de Tenri. Cada elemento está equipado e, agora que as aulas estão acabadas, passará as próximas horas a esforçar-se pelo simples facto de gostar de basebol e, talvez, querer conhecer mais pessoas que também o façam. Jogar só pelo prazer de jogar? Nah ... isso é para as crianças!
Takehiko Inoue's The LAST Manga Exhibition
Como se sabe Takehiko Inoue é o autor da manga Vagabond e um dos melhores ilustradores de sempre. Como dito num post anterior, hoje voltei para ver a exposição dele. Levantar às 6:30, apanhar o comboio às 7:00, chegar a Nanba às 8:00, chegar ao museu às 8:30, ficar na fila uma hora à espera que o museu abrisse e comprar o bilhete por volta das 9:30, entrar na exposição às 10:15 e sair dela 11:00 foi a minha manhã.

Como esperado, mesmo uma hora antes do museu abrir a fila já era considerável e na altura de abrirem as portas mais de trezentas pessoas esperavam ansiosamente a exposição. Talvez fosse por ser o último dia, talvez por as entradas serem limitadas, talvez por o Onoue ser o maior, mas havia um zumzum e uma excitação quase palpável pelo ar. Depois de, na fila dos bilhetes haver um frenesim para se tirar fotos desta imagem, que ocupa a entrada do museu, a fila da entrada na exposição em si tinha um surpreendente vídeo do homem em acção e a naturalidade com que ele fazia nascer o desenho era assustadora. A fila, eventualmente acabava num elevador, onde entravam no máximo seis pessoas em cada, mais ou menos, cem minutos: heis a razão uma maneira muito interessante de restringir o público e de tornar o ambiente da exposição em si menos sufocante.
Obviamente, ao bom estilo Japonês, por perturbar os outros visitantes e o andar da exposição, fotos não eram permitidas, mas o que se via muito dificilmente era capturado por fotos. Toda a exposição assentava sobre uma historia, contada por desenhos ou páginas de manga, usando o espaço do museu e contrastes de pretos e brancos na sua arquitectura, que reflectia os últimos dias do herói Miyamoto Musashi, protagonista da já referida manga Vagabond. E era perfeita. Toda a complexidade do homem, todas as suas relações, todos os espinhos, as vidas e os desafios da sua vida se encontravam detalhados, mistificados e resolvidos (?:) num contar surreal, introspectivo e muito, muito bonito. Os desenhos, a lápis e tinta da china, são dos melhores que vi até hoje. Tudo fazia sentido, não havia um traço a mais ou a menos, tudo fluía como o vento que leva os pensamentos e desperta o que de melhor se encontra por dentro. Tudo perfeito.
Alas, tudo o que é bom acaba e em menos do que nada estava fora. Mais uma vez a loja atrai-me e gasto mais umas fortunas em ... coisas. Ao sair, sou entrevistado sobre o que achei e coloco em palavras o que me remexia o cérebro. Finalmente, altura de ir embora ~ o dia ainda só estava a começar...
Alas, tudo o que é bom acaba e em menos do que nada estava fora. Mais uma vez a loja atrai-me e gasto mais umas fortunas em ... coisas. Ao sair, sou entrevistado sobre o que achei e coloco em palavras o que me remexia o cérebro. Finalmente, altura de ir embora ~ o dia ainda só estava a começar...
Baia de Osaka
Saturday, 13 March 2010
Umeda: enday
Depois disso ainda sai em Nanba para revisitar algumas localizações e estudar o terreno para futuras visitas. A noite começava a adocicar o ar e as luzes a espalhar o seu contraste, ainda não obliterando as silhuetas negras das arvores ~
Inoue Takehiko
Subscribe to:
Posts (Atom)