Sunday 14 March 2010

Takehiko Inoue's The LAST Manga Exhibition

Como se sabe Takehiko Inoue é o autor da manga Vagabond e um dos melhores ilustradores de sempre. Como dito num post anterior, hoje voltei para ver a exposição dele. Levantar às 6:30, apanhar o comboio às 7:00, chegar a Nanba às 8:00, chegar ao museu às 8:30, ficar na fila uma hora à espera que o museu abrisse e comprar o bilhete por volta das 9:30, entrar na exposição às 10:15 e sair dela 11:00 foi a minha manhã.
Como esperado, mesmo uma hora antes do museu abrir a fila já era considerável e na altura de abrirem as portas mais de trezentas pessoas esperavam ansiosamente a exposição. Talvez fosse por ser o último dia, talvez por as entradas serem limitadas, talvez por o Onoue ser o maior, mas havia um zumzum e uma excitação quase palpável pelo ar. Depois de, na fila dos bilhetes haver um frenesim para se tirar fotos desta imagem, que ocupa a entrada do museu, a fila da entrada na exposição em si tinha um surpreendente vídeo do homem em acção e a naturalidade com que ele fazia nascer o desenho era assustadora. A fila, eventualmente acabava num elevador, onde entravam no máximo seis pessoas em cada, mais ou menos, cem minutos: heis a razão uma maneira muito interessante de restringir o público e de tornar o ambiente da exposição em si menos sufocante.Obviamente, ao bom estilo Japonês, por perturbar os outros visitantes e o andar da exposição, fotos não eram permitidas, mas o que se via muito dificilmente era capturado por fotos. Toda a exposição assentava sobre uma historia, contada por desenhos ou páginas de manga, usando o espaço do museu e contrastes de pretos e brancos na sua arquitectura, que reflectia os últimos dias do herói Miyamoto Musashi, protagonista da já referida manga Vagabond. E era perfeita. Toda a complexidade do homem, todas as suas relações, todos os espinhos, as vidas e os desafios da sua vida se encontravam detalhados, mistificados e resolvidos (?:) num contar surreal, introspectivo e muito, muito bonito. Os desenhos, a lápis e tinta da china, são dos melhores que vi até hoje. Tudo fazia sentido, não havia um traço a mais ou a menos, tudo fluía como o vento que leva os pensamentos e desperta o que de melhor se encontra por dentro. Tudo perfeito.

Alas, tudo o que é bom acaba e em menos do que nada estava fora. Mais uma vez a loja atrai-me e gasto mais umas fortunas em ... coisas. Ao sair, sou entrevistado sobre o que achei e coloco em palavras o que me remexia o cérebro. Finalmente, altura de ir embora ~ o dia ainda só estava a começar...

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